Em 2025, o setor financeiro enfrenta uma onda de transformações regulatórias que exigem adaptação imediata e estratégica das instituições. Do alinhamento ao IFRS 9 à expansão do Open Finance, cada mudança vem acompanhada de desafios e oportunidades que podem redefinir o futuro bancário.
A partir de janeiro de 2025, o Brasil implementa uma nova metodologia para provisões de perdas de crédito. Com base na IFRS 9, as instituições substituem práticas em vigor desde 1999, revisando cálculos de risco operacional e exigências contábeis e tributárias.
Essas alterações pressionam indicadores de capital, forçando ajustes em sistemas, processos e políticas internas de crédito. Instituições de todos os portes devem apresentar planos de implementação rigorosos ao Banco Central, garantindo governança robusta e contínua.
O Banco Central do Brasil delineou uma agenda com 14 macrotemas estratégicos para 2025 e 2026, visando inovação, sustentabilidade e inclusão. Esse roteiro busca modernizar o sistema financeiro e fortalecer a competitividade nacional.
Em 2025, o Open Finance contabiliza mais de 52 milhões de consentimentos ativos e cerca de 3,3 bilhões de consultas semanais, reforçando o potencial de expansão de parcerias e serviços diferenciados.
A Instrução Normativa RFB 2.219/2024 estabelece padrões de segurança de dados e inclusão financeira para fintechs. O monitoramento em tempo real de transações, via e-Financeira, aprimora a vigilância sobre riscos e fraudes.
Paralelamente, o DREX, a moeda digital do Banco Central, conclui sua implementação, oferecendo transações digitais seguras e instantâneas ao consumidor. O Banking as a Service (BaaS) ganha regulação, definindo responsabilidades e escopo em parcerias entre bancos e novos entrantes.
Para atender às novas normas, as instituições devem enfrentar barreiras como:
Além disso, a escalabilidade e automação de processos via IA serão cruciais para o monitoramento contínuo de fraudes e o tratamento de grandes volumes de dados, assegurando conformidade e agilidade operacional.
As novas regras não apenas pressionam balanços; elas abrem portas para inovação e competitividade. Bancos tradicionais e fintechs podem formar alianças estratégicas, acelerando o desenvolvimento de produtos personalizados e ampliando mercados.
A inclusão financeira ganha força com o acesso a serviços digitais, beneficiando públicos antes desatendidos. Por outro lado, o aumento das provisões pode afetar indicadores de capital, exigindo ajustes em modelos de negócios e pesquisas de soluções fiscais.
O ciclo regulatório de 2025 testa a resiliência das instituições financeiras, desafiando-as a repensar processos, tecnologia e cultura corporativa. A capacidade de adaptação rápida determinará quem sairá fortalecido desse cenário.
Ao mesmo tempo, surge uma janela de oportunidades para inovação aberta, sustentabilidade e inclusão financeira em larga escala. Com planejamento estratégico e investimento em tecnologia, as instituições podem não apenas sobreviver, mas prosperar em um ambiente mais seguro, transparente e competitivo.
Referências