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Prefira fundos de baixo custo para otimizar ganhos

Prefira fundos de baixo custo para otimizar ganhos

26/07/2025 - 14:19
Robert Ruan
Prefira fundos de baixo custo para otimizar ganhos

Investir de forma inteligente exige atenção a diversos fatores, mas nenhum tão crucial quanto os custos envolvidos. Em praticamente todos os fundos disponíveis no mercado, duas cobranças principais corroem parte dos retornos brutos obtidos: a taxa de administração e a taxa de performance. Compreender como esses valores impactam o resultado final é o primeiro passo para rentabilidade líquida do investidor.

Por que os custos importam para o investidor?

Quando compramos cotas de um fundo, não é apenas o desempenho do gestor que determina o ganho, mas também o quanto ele retém em forma de taxas. Durante anos de juros elevados ou em momentos de volatilidade, cobrar uma taxa de administração acima de 1% ou uma taxa de performance generosa significa reduzir substancialmente a parcela que fica no bolso do aplicador.

Em um cenário onde o Ibovespa subiu 8,29% no primeiro trimestre de 2025, mas somente 20 dos 60 maiores fundos de ações conseguiram superar esse índice, fica claro que os custos elevados não garantem melhor desempenho. Em mercados desafiadores, as despesas extras se tornam ainda mais visíveis e afetam rentabilidade líquida do investidor.

Panorama do mercado financeiro em 2025

O ano de 2025 trouxe sinais de recuperação após um 2024 complicado, com queda de 10,36% no principal índice da bolsa brasileira. A valorização de 8,29% no primeiro trimestre animou investidores, mas o múltiplo-preço/lucro (P/L) de 9,4, abaixo da média histórica de 12,1, indica que ainda existem oportunidades de valorização.

Em renda fixa, a taxa Selic se manteve em 14,75% ao ano, tornando atrativas aplicações conservadoras. Porém, para quem busca ganhos superiores ao CDI, a combinação de custos reduzidos e gestão eficiente passou a ser um diferencial competitivo.

Fundos de baixo custo: definição e características

  • Taxa de administração próxima ou abaixo de 1% ao ano;
  • Avoiding high performance fees and hidden charges;
  • Maior transparência e previsibilidade de custos;
  • Fundos passivos ou de gestão sistemática são exemplos clássicos.

Os fundos de baixo custo concentram-se em estratégias claras, muitas vezes indexadas a benchmarks de mercado. Sem a necessidade de análise fundamentalista profunda a todo momento, eles reduzem custos operacionais e oferecem ao investidor previsibilidade na cobrança de taxas.

Em geral, fundos passivos ou de gestão sistemática replicam um índice de referência, eliminando gastos com pesquisa extensiva e rotatividade de carteira. Dessa forma, mantém a performance atrelada ao mercado, sem surpresas de cobrança extra.

Exemplos práticos de fundos e rentabilidades recentes

No segmento de renda fixa, o Brasilprev FIX VIII apresentou rentabilidade de 11,19% nos últimos 12 meses, com risco muito baixo e taxa de administração em torno de 0,5%. Já fundos de ciclo de vida têm oferecido retornos entre 9% e 12% ao ano, equilibrando risco e custo.

Entre os Fundos Imobiliários (FIIs), destacam-se aqueles que negociam abaixo do valor patrimonial (P/VP inferior a 1) e distribuem dividend yield sólido. O Kinea Securities (KNSC11) rendeu 47% em cinco anos, superando em margens sutis os 46% do CDI no mesmo período. Outro exemplo é o VISC11, um FII de shopping center com P/VP de 0,81 e distribuição de rendimentos próxima a 10% ao ano.

Comparações entre fundos: Baixo custo x Alto custo

Para ilustrar as diferenças de modo prático, confira a tabela comparativa abaixo. Observe como pequenas variações nas taxas impactam o retorno ao longo do tempo.

Como escolher fundos de baixo custo

  • Analise as taxas de administração e performance em conjunto com o histórico de resultados;
  • Verifique a liquidez e o P/VP em FIIs, buscando valores abaixo de 1;
  • Avalie a consistência de retornos ao longo de diferentes ciclos econômicos;
  • Priorize gestores com governança robusta e baixo turnover de ativos.

Além disso, compare periodicamente seu portfólio com benchmarks de mercado. Esses cuidados garantem que você não apenas minimize custos, mas também mantenha exposição adequada ao risco.

Fundos Imobiliários: particularidades e oportunidades

  • FIIs com dividend yield acima de 15% são destaque em ambientes de Selic elevada;
  • Busque fundos negociando abaixo do valor patrimonial para potencializar ganhos;
  • Considere gestão ativa com foco em recuperação de ativos e renegociação de contratos;
  • Exemplos promissores: URPR11, VGRI11, TGAR11, KNSC11.

No atual cenário, FIIs que investem em logística, galpões industriais e imóveis corporativos podem oferecer combinações atraentes de valorização de capital e renda recorrente.

Considerações finais e recomendações

Optar por fundos de baixo custo não significa abrir mão de rentabilidade, mas sim maximizar o que de fato chega à sua carteira. Economizar em taxas pode não parecer muito no curto prazo, mas gera um efeito multiplicador no longo prazo.

Ao adotar disciplina na análise de custos e desempenho, você constrói um portfólio mais eficiente e resiliente. Pequenas atitudes, como migrar para um fundo com taxa 0,5% em vez de 2%, podem resultar em ganhos adicionais de dezenas de pontos percentuais ao longo de uma década.

Em resumo, prefira fundos que ofereçam clareza nos custos, histórico consistente e alinhamento com seus objetivos de investimento. Dessa forma, você garante que uma fatia menor dos seus ganhos seja consumida por taxas, preservando mais capital e maximizando seu potencial de crescimento.

Robert Ruan

Sobre o Autor: Robert Ruan

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